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§ 3º - Compete à lei federal:
Já não chega
Policiais serem mortos por marginais, agora a inteligência brilhante do novo
comandante geral da PM bem como do Secretário de Segurança, acolitados pelo
Governador Geraldo Alckmin vem a público numa atitude claramente midiática
querendo mandar policiais ou ex-policiais para presídios comuns.
Isso é a institucionalização da pena de
morte, não tem cabimento mandar um policial que um dia veio a delinquir mas que
com certeza durante muito tempo defendeu a sociedade para um presídio comum,
onde ficará claramente exposto a sanha daqueles que um dia por ele foram
presos.
Começa-se com os Policiais Militares,
depois os Civis, pois gostaria de lembrar que de certa feita o então Corregedor
Geral de Justiça do Estado de São Paulo, Desembargador Alves Braga resolveu
que todos os policiais civis seriam retirados do presídio da policia
Civil e remetidos para presídios comuns. E deu essa ordem para que a Policia
Militar a cumprisse, transformando São Paulo em verdadeira praça de guerra.
Somente não ocorrendo uma tragédia, graças a intervenção do então presidente do
Tribunal de Alçada Criminal Pedro Luiz Ricardo Gagliardi, que atravessou a
praça que separava os dois tribunais e foi conversar com o Corregedor,
mostrando ao mesmo o que poderia ocorrer se tal situação continuasse.
Saliente-se o Desembargador Pedro Gagliardi, diferentemente do Corregedor foi a
local dos fatos para ver in loco o que estava ocorrendo e ficou estarrecido com
a tensão que existia.
Eu poderia ser a favor de que policiais
civis e militares fossem realmente remetidos para presídios comuns mas ai teria
também que exigir e não pedir que Deputados, Senadores, Governadores de Estado,
Vereadores, Juizes, Promotores de Justiça, Desembargadores, Ministros de Estado
também ao serem presos fossem para presídios comuns, mas tenho a certeza que os
praças correm o grande risco de irem para presídio comum,mas duvido que
oficiais sejam para lá remetidos.
O Governador e o Secretário de Segurança
Pública parece que não satisfeitos em matar moralmente as pessoas, haja visto
Conde Guerra, Frederico, Bibiano, Carlos Andrade, Niltinho, Adalberto Jarro e
tantos outros agora pensam em matá-los literalmente, pois um policial seja ele
civil ou militar em presídio comum está fadado e condenado a morte. Pois até eu
que não sou policial sei o que pode acontecer em caso de rebelião, ou mesmo que
não haja rebelião, como se manterá os Policiais separados da grande massa
carcerária? Isso é impossível.
E não contem com o Poder Judiciário, pois
a nos atrás o Desembargador Haroldo Pinto da Luz Sobrinho já havia decidido em
um habeas corpus impetrado por um Delegado de Policia que o mesmo poderia ser
remetido para presídio comum, de acordo com o "prudente arbítrio" do
Juiz das Execuções. E realmente o Delegado foi para lá remetido e
posteriormente, mais precisamente para o presídio de Taubaté e lá morreu,
talvez de tristeza, talvez de vergonha.
E volto a dizer, não digam que o presídio
da policia civil ou da policia militar oferecem condições dignas a quem lá está
recolhido.
Se Policias vem a delinquir a culpa
principal é da Administração e principalmente do Governo do Estado, que
lhes paga salário de fome, não lhes dá condições de trabalho dignas. Por isso
entendo que não tem condições morais de exigir absolutamente nada.
Portanto,volto a dizer que é hora das
associações de classe dos Policiais Civis e Militares fazerem alguma coisa e
saírem da letargia em que se encontram, pois depois da porta arrombada, não
adiantará colocar tranca.
João
Alkimin
é radialista – http://www.showtimeradio.com.br/
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