A proposta mais antiga em tramitação na Câmara sobre crimes praticados pela internet foi aprovada pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Para conseguir a aprovação, no entanto, o texto precisou ser bastante reduzido, eliminando-se 17 dos 23 artigos que constavam daquele que retornou do Senado.
Segundo o relator na comissão, deputado Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas Gerais, a versão menor aprovada decorre do entendimento de que ainda não foi possível chegar a uma redação que consiga manter a ampla liberdade na internet sem ferir o direito à privacidade do cidadão.
Alvo de polêmicas, a versão original do projeto chegou a motivar um documento assinado por 350 mil pessoas considerando o texto uma grave ameaça a direitos e liberdades na internet.
Alvo de polêmicas, a versão original do projeto chegou a motivar um documento assinado por 350 mil pessoas considerando o texto uma grave ameaça a direitos e liberdades na internet.
Eduardo Azeredo, que inicialmente defendia o substitutivo do Senado, fala sobre os quatro pontos mantidos no texto aprovado (sonora).
No caso dos cartões, o texto aprovado altera o Código Penal para tipificar como crime a utilização de dados de cartões de crédito ou débito obtidos de forma indevida ou sem autorização.
A proposta equipara essa prática ao crime de falsificação de documento particular, sujeito à reclusão de um a cinco anos e multa.O texto inclui ainda no Código Penal Militar punição para a divulgação de dado eletrônico em tempo de guerra.
Eduardo Azeredo explica ainda de que forma os pontos não aprovados podem ser aproveitados (sonora).
Eduardo Azeredo explica ainda de que forma os pontos não aprovados podem ser aproveitados (sonora).
Entre os itens retirados, está a parte que obriga os provedores de internet a guardarem dados de conexão conhecidos como logs, que são uma espécie de registro de atividades do internauta na rede mundial de computadores.
A proposta sobre crimes praticados pela internet ainda terá que ser analisada pelas comissões de Segurança Pública e de Constituição e Justiça, antes de seguir para o Plenário
De Brasília, Murilo Souza
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