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Blog da Eunice

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Em entrevista ao jornal "O GLOBO", Barbosa chamou Peluso de "ridículo", "brega", "caipira", "corporativo", "desleal", "tirano" e "pequeno"


Nos últimos dias, como demonstra reportagem de ISTOÉ (leia aqui), os ministros do Supremo Tribunal Federal entraram numa escalada de brigas de vaidades cujo pano de fundo era o andamento do processo do mensalão. Uma ala da Corte, tendo à frente os ministros Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski e o decano Celso de Mello, não concorda em colocar o julgamento do mensalão na frente de outros processos que esperam na fila há mais tempo e adotam o discurso da não interferência externa. Já o outro grupo, compostos pelos ministros Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Ayres Britto, Luiz Fux e Cezar Peluso, quer apressar a votação do processo. Acredita que adiar o julgamento do mensalão colocaria o Supremo numa situação delicada por conta do risco de prescrição. (leia matéria). A crise interna, porém, alcançou o seu ápice hoje na esteira de uma entrevista concedida por Joaquim Barbosa ao jornal “O GLOBO”.
Na entrevista, ele atacou fortemente o ex-presidente do STF Cezar Peluso. Joaquim Barbosa chamou Peluso de “ridículo”, “brega”, “caipira”, “corporativo”, “desleal”, “tirano” e “pequeno”. A mais contundente, e grave, foi a acusação feita por Joaquim Barbosa de que Peluso inúmeras vezes “manipulou ou tentou manipular resultados de julgamentos, criando falsas questões processuais simplesmente para tumultuar e não proclamar o resultado que era contrário ao seu pensamento”. Um dos exemplos dados por Barbosa do que seria a manipulação de Peluso foram os julgamentos de políticos por causa da Lei da Ficha Limpa. “Lembre-se do impasse nos primeiros julgamentos da Ficha Limpa, que levou o tribunal a horas de discussões inúteis; [Peluso] não hesitou em votar duas vezes num mesmo caso, o que é absolutamente inconstitucional, ilegal, inaceitável”, afirma Barbosa. Como se vê, às vésperas de um dos mais importantes julgamentos de sua história, o STF está mergulhado numa grave crise institucional sem precedentes.

Site: No Poder

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